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Para não desligar os neurônios

Para quem ainda defende o “legado humanístico da cultura judia”…

Uma carta aos judeus que riram da fala racista de Bolsonaro

Uma carta aos judeus que riram da fala racista de BolsonaroRiram. Ouvem-se risos da plateia que achou graça; riram quando o mais abjeto sub-produto da cultura do ódio que nos une, afirmou, solene e para quem quisesse ouvir, que, em “visita” a um quilombo, o afrodescendente mais magro pesava sete arrobas, que sequer para reproduzir serviria. Utilizou-se, não à toa, de uma unidade de massa que se pratica no comércio do boi de corte, no matadouro ou nos frigoríficos.

Explicitamente, animalizou os moradores das comunidades quilombolas, não sem antes assegurar que nenhuma demarcação de terra indígena deveria ser feita. Disse de forma jocosa, irônica. Os que riram, por certo o fizeram porque concordavam com o sarcasmo daquele um, cujo nome me soa impronunciável como o pior dos palavrões. Sórdido, conhecido como sórdido, o que disse estava à altura de seu nefasto repertório. Quem diz isso na frente de todos, deve dizer coisas muito piores na sua intimidade: se é ruim em público, deve ser horroroso no privado.

O que me chamou a atenção não foi somente sua afirmativa, mas quem ria, de quem partiam as risadas ao fundo. Eram judeus, que reuniam o pior de sua colônia, em torno de uma fogueira hebraica, onde foram ouvi-lo aquele abominável parlamentar. Cada um deles, cada um daqueles que riu da anedota do deputado, vulgarizou a perseguição que seus antepassados próximos sofreram; cada judeu que riu, cobriu de vergonha a memória dos judeus mortos no Holocausto, cada judeu que riu traiu sua história, sua gente, seu povo. Riram diante do extermínio dos quilombolas, que somente existem porque ante o massacre e humilhação da escravidão, ergueram comunidades, onde pisariam o chão como seres humanos, senhor cada qual de sua história, e não como reses, na forma que os reduziu as arrobas do canalha palestrante.

Como os judeus fizeram abrir o mar, os negros quilombolas abriram a mata fechada para fugir da opressão, para uma terra prometida onde jamais fossem torturados e mortos. A diferença é que os negros foram isolados na própria miséria, a diferença é que pagam até hoje pelo sonho de liberdade, a diferença é que morrem silenciosamente, sem protestos, sem indignações.

Como os judeus escravizados, os quilombolas enfrentaram doenças e mortes, pragas e feras, para que erguessem heróis que, todavia, jamais foram estudados pela História Oficial, que traça a biografia do bandeirante branco exterminador e que silencia o negro libertador e libertário. Quem conheceu uma comunidade quilombola – eu conheci – viu muita história e cultura, mas também isolamento e miséria, sem que coubesse qualquer anedota ou sarcasmo.

Os judeus, que protestavam fora do anfiteatro onde se dava a conferência (se é que assim se pode chamá-la) e nada mais faziam que sua obrigação, deveriam ter invadido o recinto e esmurrado um a um dos que estavam sentados, comportados e risonhos. Deveriam ter chutado de lá dentro o deputado e sua corja. Os judeus que protestaram fizeram apenas um contracanto, que serviu para elevar ainda mais o tom do genocida palestrante.

Um ator global, beirando os setenta anos de vida e lutando contra a velhice, uniu contra si toda a burguesia global bem nascida, ao de forma estúpida e abjeta assediar uma sua colega de trabalho, não atriz, mas uma figurinista, dirigindo-lhe vulgaridades machistas e misóginas. De galã da terceira idade, viu-se transformado no Conde Drácula e sua falta grave foi tema do Jornal Nacional, a quem teve que apresentar publicamente seu quinhão de culpas, após ter passado por intensa mobilização nas redes sociais.

Todavia, a anedota do deputado teve seus protestos circunscritos à turma de sempre. Esperaria vê-lo amaldiçoado pelo Diretor da Hebraica Carioca, fulminado por alguma autoridade consular importante de Israel, ter sobressaltado o Supremo e a Mesa da Câmara para que fosse processado por difamação e cassado por quebra de decoro parlamentar (jamais se viu algo assim), ter sido desmentido por alguém que lhe fosse próximo e amigo, que tivesse fechadas as portas de cafés, bares, restaurantes e posto isolado nos aeroportos.

Imaginaria que finalmente ele houvesse encontrado o fim de sua caminhada e que fosse processado criminalmente, que os sacripantas que riram de sua anedota fossem expulsos da comunidade judaica. Imaginaria que ele fosse condenado a pagar uma indenização ao Clube Hebraica e o Clube Hebraica condenado a pagar uma indenização a sei lá a quem, por ter convidado um verme para falar a seus associados.

Que o Ministério Público saísse de seu casulo protegido e monotemático e o processasse civilmente. Imaginaria o Procurador Geral da República e o Presidente do Supremo Tribunal Federal livres de picuinhas menores, lamentando e tomando todas as medidas contra o deputado.

Nada. A julgar pelas reações, a ofensa de José Mayer foi muito mais grave de a Jair Bolsonaro. Estamos definitivamente doentes. Atordoados pelo nosso ódio, atordoados porque nunca estivemos e fomos tão ruins.

Humanamente ruins.

Roberto Tardelli é Advogado Sócio da Banca Tardelli, Giacon e Conway. Procurador de Justiça do MPSP Aposentado.

quinta-feira, 6 abril, 2017 Posted by | Repassando... | , | Deixe um comentário

E os palestinos estão sendo dizimados pelos judeus que aprenderam com os nazistas e amam os bolsonaros…

Leandro Fortes: Judeus foram exterminados por gente que, na Alemanha, amava os bolsonaros

05 de abril de 2017 às 12h26

FÜHRER

por Leandro Fortes, no Facebook

Choca pelo aparente paradoxo histórico, mas não pelas circunstâncias, a presença de Jair Bolsonaro, na Hebraica do Rio de Janeiro.

Israel tem se aproximado da ideologia nazista, na forma e nos métodos, há pelo menos duas décadas, como ferramenta de opressão e dominação dos palestinos, no Oriente Médio.

O fato de aceitar que um neonazista rasteiro como Bolsonaro use um clube de judeus, na zona sul do Rio, para ofender negros, índios e mulheres, é só um substrato local das engrenagens que fizeram dos herdeiros do holocausto algozes da memória de antepassados caçados, torturados e assassinados por gente que, na Alemanha de Hitler, amava bolsonaros.

É a História se repetindo como tragédia.

quinta-feira, 6 abril, 2017 Posted by | Repassando... | | Deixe um comentário

Em três décadas, ninguém enxergou este ladrão e até hoje ainda o blindam…

Nassif: Serra é o homem mais rico do Brasil

Começou a “desviar” dinheiro do povo em 1983!
publicado 02/04/2017

Notável historialista e colonista, Elio Gaspari, único amigo dele, nunca percebeu... (Reprodução: Marcelo Auler)
Notável historialista e colonista, Elio Gaspari, único amigo dele, nunca percebeu… (Reprodução: Marcelo Auler)

Por Luis Nassif, no GGN:

Propinas serviam para enriquecimento pessoal de Serra

A informação da coluna Radar da Veja, de que a Odebrecht teria feito pagamentos milionários ao senador José Serra na conta de “uma parente” e através do lobista José Amaro Pinto, é a pá de cal na carreira do senador. Desvenda-se o maior segredo de Polichinelo da história da república: o processo de enriquecimento de Serra na política.

A parente de Serra obviamente é a filha Verônica. Completando a delação do executivo da Odebrecht, há a famosa tarja preta que a Polícia Federal colocou na agenda telefônica de Marcelo Odebrecht, antes de vazar a agenda para a mídia. Amadores, chamaram imediatamente a atenção de todos e não se deram conta de que um bom editor de imagens eliminaria as tarjas revelando os nomes. O compromisso tarjado era de Marcelo Odebrecht, com uma reunião com José Serra justamente no escritório de Verônica.

Com a possibilidade aberta, agora, de quebrar o sigilo das contas de Verônica Serra, especialmente dos seus fundos de investimentos, será bastante simples desvendar todo o sistema de lavagem de dinheiro de Serra, que o transformou em um dos políticos mais ricos do país.

Os dois caminhos de Serra para a lavagem de dinheiro foram o mercado de tecnologia e o de obras de arte – ambos propícios à lavagem devido às precificações bastante voláteis e subjetivas.

Pessoas que visitaram Serra em sua casa, aliás, se espantaram com a quantidade de obras de arte espalhadas pelas paredes. Na denúncia que a PGR encaminhará ao STF (Supremo Tribunal Federal), se saberá qual o estágio atual de Rodrigo Janot em relação à blindagem de Serra. Se não incluir abertura de contas de Verônica e arresto de obras de arte, não será uma investigação séria.

Aqui está um roteiro simples e algumas pistas para destrinchar os métodos de lavagem de dinheiro de Serra:

O caso Santander-Banespa

Desde os idos de 2.000, Serra já se valia das incursões de Verônica no mercado de tecnologia para lavar dinheiro. Quem a conheceu na época sabia ser uma moça limitada, sem noção clara sobre empresas startups. Mesmo assim, conseguia feitos extraordinários.

O primeiro deles foi sua aproximação com argentinos da Patagon – um sistema de banking eletrônico. Verônica conseguiu vender para o Santander por US$ 700 milhões, uma soma impossível. O próprio presidente do banco participou das negociações.

Anos depois, procurei mapear os interesses do Santander na época. O maior deles era relacionado com a compra do Banespa. Para conseguir viabilizá-lo economicamente necessitava que fossem mantidas no banco as contas dos funcionários públicos e do Estado. A lei impedia.

De alguma forma, o Santander obteve a autorização. Embora o tempo transcorrido seja grande, provavelmente o rastro do dinheiro mostraria os beneficiários desse jogo e a maneira como conseguiu atropelar as leis e preservar as contas públicas, mesmo após a privatização do banco.

Pouco tempo depois, o Santander pagou US$ 5 milhões para os argentinos receberem o software de volta. Hoje em dia, ele repousa em um computador desligado, em um banco médio paulista.

O caso Experian-Virid

O grupo britânico Experian adquiriu a Serasa e avançou como um leão faminto sobre o mercado de avaliação de devedores e de bancos de dados. Nessa ocasião houve a entrega para Experian do banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral pela presidente Cármen Lúcia. A operação voltou atrás depois do protesto de Marco Aurélio de Mello. Carmen Lúcia provavelmente não sabia dos valores envolvidos no mercado de banco de dados. Mas seria interessante saber dela quem a convenceu a oferecer o banco de dados do TSE.

A operação mais suspeita da Experian foi com os Cadins (Cadastro dos Devedores) estaduais. No final do seu governo, Serra entregou à Experian o Cadin do estado. Além do mais valioso, abriu as portas da Experian para os demais Cadins estaduais.

Pouco tempo depois, Verônica adquiriu participação em uma empresa de e-mail marketing, a Virid – que, na opinião de analistas de mercado não deveria valer mais de R$ 30 milhões. Em seguida revendeu-a para a Experiência por R$ 104 milhões. Na época, consultei o setor de relações com o mercado da Experian, em Londres, e me informaram que o valor da operação era sigiloso.

Os negócios com Daniel Dantas

No livro “A Privataria Tucana”, o repórter Amaury Junior esmiuça os jogos de offshores de Verônica.

Há dois episódios pouco analisados e escandalosos. Um deles, o site de comércio exterior que Verônica montou com a irmã de Dantas e que conseguiu o acesso a informações sigilosas do Banco Central e do Banco do Brasil. Se não fosse denunciado, valeria dezenas de milhões de dólares.

Na campanha de 2002, Serra esquentou a casa onde morava, perto da Praça Pan-americana, com recursos supostamente enviados por Verônica dos Estados Unidos. Foi um esquentamento feito às pressas, depois que o PT levantou suspeitas sobre a casa.

Aliás, a história da casa é relevante. Serra a adquiriu quando Secretário do Planejamento de Montoro e quando corriam rumores da montagem de uma indústria de precatórios no Estado: mediante propinas, conseguia-se furar a fila de anos. Serra sempre dizia que alugara a casa – enorme – porque conseguira um aluguel especial com o proprietário.

Os fundos de investimento

O fundo de investimento de Verônica Serra possui 10% do Mercado Libre, portal cotado até pouco tempo na Nasdaq em US$ 2 bilhões. Quebrando o sigilo de Verônica, será fácil rastrear a maneira como em tão pouco tempo ela acumulou um capital de US$ 200 milhões em apenas um investimento.

O fator José Amaro Pinto

O lobista José Amaro Pinto sempre teve ligações estreitas com o lado FHC do PSDB. Foi colega de Sérgio Motta e FHC na Sociologia e Política. É um senhor já de idade, culto, cortês e que, até esta última informação, era conhecido como lobista dos grupos franceses junto ao Brasil. Dentre seus clientes estava a Dassault, que fabrica os Mirage, a Tales, de radares, e a notória Asltom.

Com a informação de que foi o intermediário entre a Odebrecht e Serra, surge a verdadeira face de Ramos: em vez de lobista da França no Brasil, era lobista do PSDB junto a interesses franceses.

Em tempo: segundo o ABC do C Af, “historialista” é o estudioso do “historialismo“: não é Historia, nem Jornalismo. Aplica-se, geralmente, à fluvial obra do Dos múltiplos chapéus, que pretende transformar Geisel e Golbery nos Washington e Jefferson, Pais Fundadores da Democracia Brasileira.

Em tempo2: ainda segundo o ABC do C Af, “colonista” (não se refere a cólon), são aqueles do PiG que prestam vassalagem aos patrões e aos Estados Unidos e se vestem de virgens imparciais…

segunda-feira, 3 abril, 2017 Posted by | Repassando... | | Deixe um comentário

Não se esqueçam que picadinho da Miriam Porquinha é carne fraudada…

Janio faz picadinho da Miriam Leitão​

Golpe empurra o Brasil para a calamidade. É um colosso!
publicado 02/04/2017
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O Conversa Afiada reproduz magistral artigo de Janio de Freitas na Fel-lha:

Temer e Meirelles estão perdidos, incapazes tanto de fazer quanto de compreender

Nem a complacência interessada com que o poder econômico e a imprensa/TV tratam Michel Temer –conduta que serve proteção para um lado e ilusão para o outro– consegue escapar desta realidade deprimente: Temer e Henrique Meirelles estão aturdidos, perdidos no emaranhado de suas afirmações e logo recuos, incapazes tanto de fazer quanto de simplesmente compreender.

E a verdade daí decorrente é que, em dez meses, a situação do Brasil só se agravou, arrastando nesse despenhadeiro todos os não dotados de recursos fartos. Sob o domínio da incompetência e da perplexidade, o Brasil sufoca.

Em um só dia, o já estigmatizado 31 de março, as páginas iniciais nos sites dos principais jornais e do UOL davam, com diferentes níveis de exibição, estas informações: “Corte orçamentário atinge transporte, habitação e defesa”. O governo superestimou as receitas, prática que dizia repelir, daí resultando um rombo de R$ 58,2 bilhões nas suas contas. Como remendo, já em março Meirelles achou necessário o corte de mais de R$ 42 bilhões nos investimentos do governo. Só as obras do PAC perderão mais de R$ 10 bilhões. Os investimentos do governo são, historicamente, o que ativa a economia. Logo, o corte é contrário à recuperação econômica.

Outra: “Contas públicas têm pior resultado para fevereiro em 16 anos”, ou desde que começado esse registro em 2001. A despesa do governo no menor mês foi R$ 23,5 bilhões maior do que a receita.

Mais: “PIB recua 3,6% em 2016”. É o país empobrecendo. Meirelles propalou, nos primeiros meses do governo Temer, que antes do fim do ano (2016) a recuperação econômica já estaria em curso. Com o corresponde resultado no PIB. As previsões vieram caindo em voz baixa. E o resultado real é o desastre noticiado.

Ainda: “Governo Temer é aprovado por 10%” (pesquisa CNI/Ibope, que em dezembro indicava 13%). Aquele número reflete o tamanho da legitimidade com que Michel Temer se põe a agravar as distorções da Previdência. E reduzir ainda mais o valor do trabalho, com a terceirização indiscriminada.

Para encurtar, por desnecessidade de mais: “Brasil tem 13,5 milhões sem emprego e a economia continua em retração”. Esses milhões são o cálculo do IBGE para os que procuraram emprego. Incluídos os que desistiram de procurá-lo ou não chegaram a fazê-lo, há estimativas que vão a 20 milhões. Se “a economia continua em retração”, a probabilidade de desemprego é crescente. E suas consequências, idem.

É o Brasil de Michel Temer em poucas linhas. O governante dos recuos empurrando o país para a calamidade.

Em tal situação, disseminar notícias precipitadas de êxitos governamentais é mais do que fantasiar incertezas. O governo não se entende com a economia e não é verdade que se entenda com o Congresso, a menos que sucessivos recuos não sejam apenas falta de entendimento, de avaliação e competência. E de moralidade, com tantos símbolos da corrupção revigorados nos cargos ministeriais e palacianos recebidos de Michel Temer.

Na história brasileira, não há nada semelhante a esse governo que perde, em sua média, um figurão por mês, levado por acusação de improbidade (em um caso, por tê-la encontrado dentro do palácio presidencial).

Devastado pelos bandoleiros dos subornos, negociatas, desfalques, e estelionatos com nome de “sobras de campanha”, este país agora está sofre a ameaça de ser destroçado por um governo de ineptos, protegido em troca de alguns retrocessos de legislação.

segunda-feira, 3 abril, 2017 Posted by | Repassando... | | Deixe um comentário