Livre pensar é só pensar!

Para não desligar os neurônios

Lula: um legado de vida e de honra

Política| 30/09/2010
Carta Maior

“Esquerda fez opção pela democracia na América Latina”

Em entrevista à Carta Maior, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz um balanço de oito anos de governo, aponta as conquistas e mudanças que esse período trouxe para o Brasil e para a América Latina e fala sobre o aprendizado que teve neste período a frente da presidência da República. Entre outros assuntos, aborda também a relação com os meios de comunicação e destaca o compromisso assumido pela esquerda na América Latina: “A esquerda fez uma opção pela democracia. “quem dá golpe não é a esquerda. Não foi ninguém de esquerda que deu o golpe em Honduras”.

Redação – Carta Maior

Em entrevista concedida à Carta Maior e aos jornais Página/12 (Argentina) e La Jornada (México), na manhã desta quinta-feira, em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um balanço de seus oito anos de governo e as mudanças que esse período trouxe para o país e para a América Latina. Na conversa, entre outros assuntos, o presidente fala sobre o aprendizado que teve neste período – Quando você está no governo, você não pensa, você não acha e você não acredita; você faz ou não faz. E o governo é um eterno tomar de posição – sobre a relação com os meios de comunicação – Se dependesse da imprensa eu teria 10% de aprovação, ou menos – e sobre o compromisso assumido pela esquerda na América Latina: A esquerda, na América Latina, fez uma opção pela democracia, e está chegando ao poder em vários países pela via da democracia. E quem dá golpe não é a esquerda. Não foi ninguém de esquerda que deu o golpe em Honduras.

Participaram da entrevista, o sociólogo e colunista da Carta Maior, Emir Sader, e os jornalistas Martín Granovsky, do Página/12 (Argentina), e Carmen Lira, do La Jornada. A Carta Maior publica a íntegra dessa conversa. Aqui está a primeira parte.

Emir Sader: A primeira questão é sobre o que o seu desempenho na Presidência lhe ensinou? Quais foram os aprendizados, as mudanças? O que o Lula de 2003 tem de diferente do Lula de hoje. E o que o Lula de 2010 tem de diferente em relação ao de 2003?

Presidente Lula: Eu penso, Emir, que na Presidência primeiro a gente aprende a governar. Quando você chega à Presidência da República, você se depara com a tua convivência de muitos anos de oposição em que você vai para um debate, você vai para uma reunião e você diz aos teus interlocutores “eu penso, eu acho, eu acredito”. Quando você está no governo, você não pensa, você não acha e você não acredita; você faz ou não faz. E o governo é um eterno tomar de posição. Você aprende a ter mais tolerância e você aprende a consolidar a tua prática democrática, porque a convivência política na adversidade é um ensinamento estupendo para quem acredita na democracia como um valor incomensurável na arte de fazer política. E isso a gente só aprende exercitando todo santo dia. Eu não acredito que tenha uma universidade capaz de ensinar alguém a fazer política, a tomar decisão. Você pode teorizar, mas entre a teoria e a prática tem uma diferença enorme no dia a dia. E eu penso que esse é o aprendizado. Por exemplo, no segundo mandato meu, todo mundo sabe que eu tinha medo do segundo mandato. Eu tinha medo do esgotamento, eu tinha medo da chatice, eu tinha medo de que você vai repetir a mesmice.

Continue lendo

quinta-feira, 30 setembro, 2010 Posted by | Repassando... | , , | Deixe um comentário

Desmoralizaram o Título de Eleitor!

Por 8 votos a 2, o Supremo Tribunal Federal decidiu que a ausência do Título Eleitoral não impede que o eleitor exerça seu direito de voto. Os  dois votos contrários foram dos ministros Gilmar Mendes e do presidente do Tribunal, Cesar Peluso (o que já era esperado).

Assim, apenas com a apresentação de um documento de identidade oficial, com foto, o eleitor estará apto a votar, desde que saiba qual a sua seção eleitoral.

Em síntese: só com o Título de Eleitor, o cidadão não poderá votar! Então, pra que tirar o Título? Trasformaram este documento em um “Belo Antonio” (bonito, mas que não funciona). Essa nossa justiça é caso de polícia, pessoal…

Lembrem-se: “Somente trará obstáculo ao exercício do voto caso deixe de ser exibido documento de identidade oficial com foto”.

Pelo amor de Deus, levem os dois: o “belo Antonio” e uma identidade com foto! A gente nunca sabe o que eles vão armar!

quinta-feira, 30 setembro, 2010 Posted by | Comentário | , | Deixe um comentário

E continuando a falar em golpe…

Ligação Serra-Gilmar pode melar a eleição

Ele é um jenio !

A revelação espantosa de que Gilmar e Serra se falaram antes de Gilmar impedir que o Supremo decidisse a forma de votar, leva a uma interpretação inevitável.É o Golpe !O Golpe consistiria em:
– confundir o eleitor;
– confundir os mesários;
– confundir os juizes;
– provocar milhões de pedidos de impugnação;
– melar a eleição
Já que Serra não conseguirá ganhar a eleição, melhor não realizá-la.É um raciocínio do nosso Putin, convertid0 à extrema direita, na companhia do DEMO e de seu Juiz, Gilmar Dantas (*).É uma interpretação irremediável.Antes, esse Conversa Afiada achou que José Serra queria ganhar com 6 votos: os 6 votos do Tribunal Superior Eleitoral.Agora, ele atingiu a perfeição: ganhar a eleição com 1 voto.Reunir Serra e Gilmar na mesma eleição só podia dar nisso.

Paulo Henrique Amorim

____________

Baixaria Suprema ! Serra liga para Gilmar. Impeachment !

    Publicado em 30/09/2010
Quem será o “meu presidente” ?

A Folha (*) divulga na primeira página informação estarrecedora: “Após ligação de Serra, Mendes para julgamento de ação do PT”.

Perto das 14 horas, o jenio ligou para Gilmar Dantas (**) – clique aqui para ler o post “Gilmar dá “HC” a Serra”.

Serra chamou Gilmar de “meu presidente” !

À tarde, com o placar de 7 a 0, Gilmar Dantas – clique aqui para ver que até a Globo agora se refere a ele como Gilmar Dantas rotineiramente – Gilmar interrompeu a votação do Supremo que ia suprimir a exigência de dois documentos para votar.

Ou seja, Gilmar suspendeu uma decisão para atender a interesses eleitorais de Serra.

É o Golpe do Judiciário.

A hondurização do sistema político brasileiro.

A biografia de Gilmar já está maculada por um telefonema: o tal do grampo sem áudio.

Cadê o áudio, Dr Corrêa ?

Agora, esse telefonema e a sub-sequente decisão ofendem o Supremo, na sua essência.

O Supremo já vai mal das pernas.

Dois HCs Canguru, em 48 horas, a um passador de bola apanhado no ato de passar bola.

O perdão aos torturadores do regime militar.

O impasse da Ficha Limpa.

E, agora, segundo a insuspeita Folha (*), uma decisão que pode macular o processo eleitoral e o Supremo – , por causa uma chicana de cupinchas: “meu presidente !”.

O Supremo não vai fazer nada diante dessa chicana ?

O Supremo é Juiz ou é parte ?

O Presidente do Supremo não vai dar uma explicação à Nação ?

Gilmar será capaz de desmoralizar o Supremo tal qual se desmoralizou ?

O Supremo é Gilmar ?

(Em tempo: quem mandou o Gilmar para o Supremo ? Ele, o Príncipe dos Sociólogos, o Farol de Alexandria, FHC. Gilmar foi a pior das heranças do neoliberalismo cardosiano.)

O professor Wanderley Guilherme dos Santos publica hoje na pág. A5, no Valor, artigo excelente – “Repartição da renda faz sua última eleição”.

E explica com profundidade e, é claro, mais argúcia, o que este ordinário blogueiro tinha sugerido, num post: “eleitor da Dilma vai votar no Berlusconi, sem uma Ley de Medios”.

O Professor Wanderley observa que a “a nova classe média tende ao conservadorismo por entender que existem limites à mobilidade social existente”.

Ele sustenta também que essa é a ultima, agonizante, aventura  Golpista do PiG (***).

E oferece uma explicação muito interessante: o PiG (***) prega ao vento, porque não arranca mais os militares dos quartéis.

E, sem os militares Golpistas, o Golpe do PiG (***) não existe.

Boa, Wanderley !

Mas, Wanderley observa, no fim do brilhante artigo: “o poder desestabilizador se concentra, hoje, nesse fóssil institucional que é a Justiça Eleitoral”.

Não é a dra Cureau, que tentou calar o Blog dos Amigos do Presidente, e  a Carta Capital, quando mereceu essa exemplar resposta do Mino.

O problema está num degrau bem acima da dra Cureau, não é, Wanderley ?

Está no Gilmar Dantas (**) e nesse telefone desavergonhado.

Mas, isso tem conserto.

O novo Senado pode votar o impeachment do Gilmar.

E devolvê-lo ao instituto Fernando Henrique Cardoso, como professor de Ética.

Paulo Henrique Amorim

quinta-feira, 30 setembro, 2010 Posted by | Repassando... | , , | Deixe um comentário

E por falar em golpismo…

Como o Netinho (pelo PC do B) deverá ser o senador mais votado em São Paulo e, junto com a Marta Suplicy, vai tirar as possibilidades tucanas no Senado, nada melhor que mais um terrorismozinho patrocinado pelas instituições governadas pelos tucanos paulistas, não? E o mais maquiavélico: bem no momento em que se encerra a propaganda eleitoral gratuita, reduzindo-se assim as possibilidades de denúncia pública por parte do candidato e do partido.

Te cuida, Dilma!!!

Leiam a notícia abaixo e pasmem…
_________________________________

30 de setembro de 2010 às 13:13

Polícia paulista dispara bala de prata em Netinho

Netinho é alvo de blitze por suspeita de fraude

AE – Agência Estado

A Polícia Civil de São Paulo fez uma varredura na casa do candidato ao Senado Netinho de Paula (PC do B), na manhã de ontem, para apurar denúncias de fraude nos bens declarados por ele à Justiça. Netinho se tornou alvo de investigação criminal aberta na Promotoria Eleitoral de Barueri, na Grande São Paulo, após denúncia de que ele não teria declarado a casa onde mora com os filhos no condomínio Alphaville 8.

Dois investigadores e um perito criminal vasculharam e fotografaram a parte externa, a piscina, o campo de futebol e o salão de festas, mas foram impedidos de entrar por um dos filhos de Netinho. O candidato não estava em casa. Segundo o advogado de Netinho, Alexandre Rollo, os policiais não tinham mandado de busca. O procedimento criminal para “apuração ?em tese? da infração do artigo 350 do Código Eleitoral (omissão de bens)” foi aberto pela promotora eleitoral da 386.ª zona, Bárbara Valéria Cury e Cury.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o motivo da visita foi fotografar a casa, objeto da denúncia, um procedimento rotineiro. Mas a coordenação da campanha promete entrar com representação na corregedoria da Polícia Civil contra o delegado Francisco José Alves Cardoso, do 2.º DP de Barueri.

“A ação da polícia é inaceitável. Para averiguar fraude, a primeira providência é sempre chamar o acusado para prestar esclarecimentos, o que não ocorreu. Houve, claramente, desvio de conduta, invasão de domicílio, constrangimento e abuso de autoridade por parte dos policiais”, defende a presidente estadual do partido, Nádia Campeão, que insinuou haver motivação eleitoral por trás das denúncias. Ontem, os vereadores da bancada, liderada pelo PT, protestaram contra a ação da polícia e o posicionamento da Justiça. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

PS: Fiquem de olho para descobrir onde as fotos feitas pela polícia paulista vão aparecer…

quinta-feira, 30 setembro, 2010 Posted by | Repassando... | , , | 1 Comentário

E por falar em golpe…

LULA EM ENTREVISTA EXCLUSIVA A CARTA MAIOR:

“Se um órgão de imprensa é todo o dia favorável ao governo, perde credibilidade. Mas se um órgão de imprensa é todo o dia contra, também perde credibilidade […] A esquerda da America Latina fez uma opção pela democracia. Não foi a esquerda que deu um golpe em Honduras”

quinta-feira, 30 setembro, 2010 Posted by | Repassando... | , , | Deixe um comentário

Fuerza, mi lindo Equador! Eles no passaràn!

Amo, desabridamente, o Equador e o seu povo maravilhoso. Desde que lá fui duas vezes, a partir de 2002, aprendi a amar este país pobre mas de uma consciência ambiental que nos coloca no bolso, de uma gentileza social e de uma solidariedade sul-americana de dar inveja. De um orgulho cultural que inebria, de uma consciência política popular que salta aos olhos, de uma rebeldia incurável contra a dominação que emociona.  E talvez pela consciência política dos seus movimentos populares (principalmente indígenas), o confronto político é constante, com repetidos golpes de estado promovidos pelas elites dominantes, através das forças militares que sempre os apoiou.

Cabe ressaltar também que, há alguns anos, os movimentos indígenas aglutinados no Partido Indígena e revoltados com a corrupção, invadiram o parlamento, expulsaram os parlamentares debaixo de porrada e marcharam para o palácio presidencial para fazer o mesmo com o presidente (claro que ele fugiu a tempo, para o Panamá). Neste dia de revolta, o chefe das forças armadas recebeu ordem para atirar na multidão, mas não a cumpriu, diante de milhares de pessoas em marcha. E por essa ação, foi eleito o presidente, mas também foi deposto posteriormente, pelas mesmas massas populares que o elegeram.

Em 2002, eles me perguntavam alucinadamente por Lula no Brasil, botavam a maior fé no nosso operário e nos nossos movimentos populares, ao mesmo tempo que tentavam mais uma vez eleger alguèm que mudasse o seu destino. E assim foi eleito o atual presidente (Correa, um professor universitário) em uma campanha popular memorável contra as oligarquias e que tive a honra e o prazer de acompanhar ao vivo, pois estava lá, em minha segunda visita.

Mas hoje, neste instante, graças à nossa globosfera, vejo a nova tentativa de golpe, desta vez encabeçada por oficiais militares e policiais salarialmente insatisfeitos. Agrediram o presidente (que está hospitalizado), pois ele disse na cara dos revoltosos: “Não darei um passo atrás. Se querem tomar os quarteis, deixar os cidadãos indefesos e trair sua missão, traiam. Se querem matar o presidente, matem-me. Porque este presidente não recuará um passo”.

Mas, embora preocupado, vejo neste momento a entrevista do presidente no hospital, a declaração de fidelidade ao presidente feita pelo comandante das forças armadas e, principalmente, vejo maravilhado o povo reunido em frente ao palácio presidencial, para defender a democracia!

Eles vivem hoje os momentos políticos que vivemos no século passado, o golpismo das elites contra os movimentos populares e democráticos. E acreditem, se existissem condições objetivas para o golpismo aqui entre nós, o Lula teria sido derrubado e a Dilma não tomaria posse!

Mas também lá, na terra de mis hermanos equatorianos, o clima já está mudando. A Argentina já protestou contra o golpe e daqui a pouco, o Brasil e outros países do continente sul farão a mesma coisa. O tempo das oligarquias e dos militares golpistas está no fim.

Fuerza, mi lindo Equador! Eles no passaràn!
_________________

PS: cliquem no tijolaco.com e assistam ao vídeo, em tempo real

quinta-feira, 30 setembro, 2010 Posted by | Comentário | , , | Deixe um comentário

O Intelectual x o Operário e a Ciência: quanta diferença!

30 setembro
Brizola Neto

Contra as trevas, conhecimento!

Muito legal, nesta hora em que a gente assiste tanta manipulação e uso de “especialistas” para fazer a cabeça da gente ver que os cientistas de verdade estão produzindo conhecimento como nunca, recebendo apoio do Governo brasileiro.

A informação veio com a dica preciosa do Maurício, nosso comentarista, e mostra a relevância que o Brasil ganhou em todos os setores durante o governo Lula. Uma matéria publicada na revista Nature, referência mundial em ciência e medicina, destaca os investimentos feitos em pesquisas científicas nos últimos oito anos e afirma que Dilma poderá fazer ainda mais pela ciência brasileira.

Sob o título “Ciência está segura nas eleições no Brasil” e o subtítulo “Improvável que próximo chefe de estado modifique o status quo”, a matéria da Nature publicada hoje diz que os cientistas brasileiros esperam que as eleições de 3 de outubro tragam as menores mudanças possíveis no setor. “Depois de quase uma década de um apoio sólido do presidente Lula à ciência, sua provável sucessora, Dilma Rousseff, gera altas expectativas.

A revista ressalta que a educação formal de Lula pode ter sido deficiente, mas durante seu mandato, ele elevou o status da ciência no Brasil por meio de um aumento constante nos fundos para pesquisa (veja o  gráfico) em relação ao PIB.

“Ele também aumentou o perfil científico do Brasil escrevendo numerosos editoriais sobre as iniciativas brasileiras relacionadas ao desenvolvimento científico, incluindo um no Scientific American em 2008″, destaca a revista.

Cientistas e pesquisadores ouvidos salientaram a importância do governo Lula para a inclusão da ciência na agenda política, e a Nature estima que Dilma poderá fazer ainda mais que seu antecessor. “Ela provavelmente poderá ir além em algumas discussões que se travam no momento, como a integração entre as políticas de ciência e tecnologia e a política de saúde”, avaliou Eduardo Viotti, da Universidade de Columbia, em Nova York, conselheiro do Senado brasileiro em política científica.

A matéria da Nature revela que não é preciso ser da Sorbone para enxergar as necessidades de um país e entender a importância da pesquisa científica e tecnológica para o desenvolvimento. Com sua formação de operário, Lula conquistou muito mais para a ciência que o seu letrado e “sabidíssimo” antecessor, FHC

quinta-feira, 30 setembro, 2010 Posted by | Repassando... | , , | Deixe um comentário

Não caiam na armadilha: levem os dois documentos!

Mais um exemplo do triste e lamentável papel da justiça eleitoral, neste campanha: ontem, quando votavam a derrubada da exigência dos dois documentos para votar (o título + um documento com foto), e quando já estava 7 a 0 a favor da derrubada, o famigerado ministro Gilmar Mendes pediu vistas do processo, paralisando a votação! O jornalista Azenha, em seu blogue, noticia que ele (o Gilmar) recebeu telefonema do Serra momentos antes de fazer a solicitação…

Assim, amigos, com a não-decisão, muitos poderão ir votar apenas com um documento e perder a chance de escolher o seu candidato. Portanto, é melhor prevenir que remediar! Levem os dois documentos, não deixem que os políticos sujos e os juristas coniventes prejudiquem a lisura desta vitória que se aproxima.

quinta-feira, 30 setembro, 2010 Posted by | Comentário | , , | Deixe um comentário

Este é o Zeca(nalha), em sua plenitude…

Aqui não há boatos, há provas! O candidato tucano, que teimou durante toda a campanha eleitoral em ser “um homem do povo” (embora todos conheçam a sua ojeriza quase hipocondríaca pelo contato popular), foi flagrado praticando a sua hipocondria de classe: beija, sem beijar, a mão de uma eleitora. Medo de contágio? O que vocês acham? Blogues de jornalistas responsáveis já disseram que ele, quando retorna ao carro depois de suas caminhadas eleitorais, desinfeta sistematicamente as mãos, com alcool.

Como a blogosfera é eficiente para derrubar armações…

Imagem: ideiasnotom.blogspot.com

quinta-feira, 30 setembro, 2010 Posted by | Comentário, Repassando... | , , | Deixe um comentário

O “povão” é “despreparado”?

29 de setembro de 2010 às 22:49

Marcos Coimbra: O “povão” e a nova maneira de avaliar os candidatos

por Marcos Coimbra, no Correio Braziliense

A premissa da democracia eleitoral, na sua acepção contemporânea, é a liberdade do eleitor para definir seu voto. Cada um faz o que quer com ele. Consulta a consciência, toma sua decisão e a deposita na urna (no Brasil, digita o número de seu escolhido). Uns não são mais livres que outros. Ninguém é obrigado a votar como os demais e nem a selecionar seus preferidos da mesma maneira que os outros.

Não cabe discutir critérios de escolha. Não existe o modo certo de votar e o errado. Algumas pessoas definem seu voto levando em conta elementos que outras desconsideram. É possível que uns pensem ser fundamental algo que outros têm certeza que é irrelevante. Só os muito arrogantes acham que todos deveriam usar o critério deles.

Daqui a três dias, faremos uma eleição presidencial diferente das anteriores. Nela, os eleitores estão sendo convidados a pensar de uma nova maneira: avaliar os candidatos pelo que representam e não pelo que são no plano pessoal.

Nossa cultura política sempre privilegiou a personalidade e as características pessoais dos candidatos como elementos diferenciadores na tomada das decisões de voto. Até hoje, quando se pergunta, nas pesquisas de opinião, o que é mais importante na hora de escolher determinado indivíduo para um cargo (especialmente no Executivo), a maioria dos entrevistados responde sem titubear: “a pessoa do candidato”.

Essa primazia da dimensão individual leva a que as campanhas se transformem em passarelas nas quais os candidatos desfilam, disputando os olhares e as preferências. Qual o mais preparado? Quem fala melhor? Qual o mais “preocupado com os pobres”, o mais “maduro”, o “mais honesto”?

É um modelo de decisão ingênuo e estressante para o eleitor comum. Que certeza pode ter de que consegue enxergar o “íntimo” dos candidatos, seus verdadeiros sentimentos? Como escolher, se todos se metamorfoseiam naquilo que procura? Se todos se exibem de maneira parecida e falam coisas praticamente idênticas (pois todos mandam fazer pesquisas de “posicionamento” e se orientam por elas)? Como separar o joio do trigo, o bom candidato do mau?

Nestas eleições, muita gente ainda pensa dessa maneira, mas há uma nova, posta na mesa pelo principal ator de nosso sistema político. Nela, o foco da escolha deixa de ser o artista e passa a ser a obra.

Por muitas razões, Lula foi levado a apresentar essa proposta ao eleitorado. Talvez porque não tivesse, do seu lado, a opção da candidatura de um “notável”, talvez porque calculasse que teria mais sucesso desse modo, ele terminou propondo uma mudança na lógica da escolha. Ao invés de cotejar biografias e personalidades, que a eleição fosse uma comparação dos resultados obtidos pelos partidos no exercício do poder.

Goste-se ou não de Lula, essa proposta é uma inovação em nossa cultura. Ela oferece uma base racional para a escolha, na qual várias ilusões saem de cena. O mito do “herói solitário”, do “candidato do bem”, capaz de reformar sentimentos e prioridades, é apenas um, mas dos mais importantes. Chegou a eleger um presidente há 20 anos.

A candidatura Dilma foi sempre o inverso disso. Ela convocou as pessoas a considerá-la pelo que representava, não por seus atributos pessoais. Sua mensagem era clara: “Olhe para o que proponho, para quem está comigo, para o que fizemos no governo, de certo e de errado. Faça o mesmo com meu adversário principal. Compare e decida”.

Serra começou a campanha acreditando que os eleitores continuariam a pensar com o modelo de antes, baseado na disputa de biografias. Sua experiência e história bastariam para elegê-lo, se isso ocorresse.

Visivelmente, a hipótese não se confirmou. A vasta maioria do eleitorado até admite que seu currículo é melhor que o de Dilma. Mas pensa em votar levando em conta outros fatores.

Nestes últimos dias, uma nova encarnação da forma antiga de escolher está em voga: a “onda Marina”. Ela tem tudo que conhecemos de algumas candidaturas do passado: a “solidão”, a “sinceridade”, a “boa vontade”. Perguntada sobre como governaria, é franca: com os “bons” dos dois lados. Ou seja, está sozinha.

Só um romantismo quase pueril acreditaria que é possível governar assim. Mas é tão arraigada a fantasia a respeito das “pessoas de bem que mudam o mundo da política” que muita gente, especialmente na classe média metropolitana, se seduz por ela.

O “povão”, mais realista, olha isso tudo com descrença.

Marcos Coimbra é sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

quinta-feira, 30 setembro, 2010 Posted by | Repassando... | , , | Deixe um comentário