Tomara!!!
novaes
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A despedida do Bush na China será assim: Beijin,Beijin,pau,pau!!!
Novaes
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De A última vagabundagem do “xerife” beberrão…, 2008/07/31 at 6:45 PM
Boa, Novaes, tomara que isso realmente aconteça! De preferência, com tortura! Rsss.
A última vagabundagem do “xerife” beberrão…
Nesta segunda feira, Bush iniciará viagem de sete dias à Ásia, com escalas em Seul, Bangcoc e Pequim. Fiquei preocupado. Será que ele está planejando uma última insensatez antes de abondonar o poder central no Tio Sam? Na Coréia do Sul, com certeza vai articular alguma contra o seu colega de alucinações que governa a Coréia do Norte, com ajuda financeira e militar para “garantir a paz” na região. Segundo a notícia, também visitará criancinhas contaminadas pelo HIV, logicamente com aquela expressão “misericordiosa” com que promoveu a morte de inúmeros adultos e crianças no Oriente Médio.
Mas, e em Pequim, o que ele vai fazer lá? Que eu saiba, “halterocopismo”, tiro ao alvo em humanos e “tortura à distãncia” não são modalidades olímpicas. Sorte nossa, pois se fossem, as respectivas medalhas de ouro já teriam dono. Ah! Descobri! Ele vai assistir à abertura dos Jogos, reforçando o espírito olímpico com sua presença “impoluta” de competidor “civilizado”. E, logicamente, aproveitará para falar sobre direitos humanos (nos outros países!) e sobre a poluição ambiental (na China!).
Ainda bem que é o canto final do urubu pós-batalha, verificando se sobrou alguma nova carniça a ser potencializada…
“Boriskas”: muitos acreditam…
OS ESPÍRITOS DE lUZ ESTÃO ENVIANDO SEUS EMISSÁRIOS PARA AUXILIAR OS HABITANTES DE NOSSO PLANETA A PROGREDIREM, EVOLUIREM. ACREDITO PIAMENTE E TENHO A MAIS ABSOLUTA CONVICÇÃO QUE MILHARES DE “BORISKAS” REENCARNARAM COM O OBJETIVO DE AJUDAR OS SERES HUMANOS.
isso para mim é verdade …muitas gente pesa q ñ mais …por isso q é legal saber sobre isso .. Adoro seus comentários
De Uns acreditam, outros não…Esperemos que seja o melhor para o mundo., 2008/07/31 at 12:40 AM
Fico feliz por seu gostar em relação às nossas postagens, Gabriela. Quanto às crianças azuis, o meu misticismo humanista tenta crer, a minha razão me deixa em dúvida. Lembro-me então da Clarisse Lispector: “Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa todo entendimento. Renda-se como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Eu sou uma pergunta.”
Um abraço metafísico.
Camisinha também é cultura…
Colaboração enviada por Ricardo Henrique Miranda
Histórico
Na Ásia de antes do século XV, foi registrado o uso de preservativos de glande, ou seja, que cobriam apenas a cabeça do pênis. Na China, eram feitos de papel de seda oleado ou de instestinos de ovelha. Na Europa pós-medieval, o uso de preservativos contra a praga da sífilis começou a ser registrado, tendo os holandeses desenvolvido um preservativo de couro fino, que desta vez envolvia todo o pênis. E durante o Renascimento, surgiram os preservativos feitos de instestinos e bexiga de animais.
No século 19, o preservativo se espalhou pelo mundo, atingindo até as classes mais pobres. Objeções morais para os padrões da época dificultaram a popularização. Apesar disso, no final deste século, o preservativo era o meio mais popular de contracepção.
As guerras sempre foram meios de propagação intenso de DSTs, e não se sabia do papel do preservativo na prevenção destas. As taxas de DSTs na Guerra de Secessão Americana foram imensas entre os soldados. O Exército Alemão foi o 1º a distribuir preservativos entre seus soldados, e posteriormente, outros fizeram o mesmo, e realmente as taxas de DSTs entre os soldados despencaram.
A primeiro preservativo de borracha foi inventado em 1855. Em 1912, foi inventada uma técnica que consistia em mergulhar um molde de vidro numa suspensão de borracha crua. Para manter a borracha líquida, era necessária a mistura com gasolina ou benzeno, o que tornava o preservativo inflamável (já pensou?). Em 1920, foi inventado o látex (borracha em suspensão aquosa), o que tornou o preservativo mais fino e resistente, e não inflamável. E era bem mais barato que o preservativo de pele (intestino).
Na década de 60, com o advento da pílula, o preservativo perdeu o lugar de método contraceptivo mais usado. Com o advento da AIDS na década de 80, o uso do preservativo voltou a crescer. Como novidades mais modernas, temos o uso do poliuretano, diversos tipos e espessuras (mais finos, mais grossos, com espermicidas), a camisinha feminina e outras como camisinhas temáticas, comestíveis e aromatizadas. Continue lendo
Ridículas coisas de gênero…
Ontem, no noticiário televisivo, noticiou-se que em certas etnias da Indonésia, as mulheres são o gênero hegemônico, exercendo o matriarcado e podendo, em função disso, comprar marido e devolvê-lo, caso sinta-se insatisfeita com o dito cujo. Até aí, tudo bem, pois estas e outras especificidades, machistas ou feministas, são comuns no planeta. Numa outra região remota da Ásia, mulheres podem ter mais de um marido, morando na mesma casa. O que me causou risos foi, nos dois casos, a ênfase das repórteres (mulheres, claro!), valorizando esta prática cultural. Ri porque, aonde esta prática é exercida pelos homens, as “forças progressistas” da mídia, das academias e dos movimentos feministas baixam o pau! Mulher cobre o rosto no Oriente Médio? Domínio machista! Bigamia masculina? Machismo descarado! E por aí vai…
Afinal, ao informar e discutir estes fatos, estamos querendo construir uma sociedade mais igualitária ou, no fundo, estamos apenas em meio a uma guerra de gênero, onde a postura predominante de vítima ou vitimização das mulheres é apenas uma estratégia de luta para alcançar a hegemonia? Será que o Junger Habermas teve razão quando afirmou que, em sociedade, os atores sociais agem predominantemente pelo “cálculo egocêntrico”, e que o sistema aprisiona a participação crítica e livre nos meandros das hierarquias, normatizações e intercâmbios que mascaram a dominação?
Para pensarmos…
Dez motivos para ser…
DEZ MOTIVOS PARA SER ALEMÃO
1- Oktoberfest
2- BMW
3- Mercedes
4- Ser conterrâneo do Papa
5- Ser conterrâneo do Michael Schumacher
6- Volkswagen
7- Dirigir a uma velocidade que em qualquer outro país do mundo daria cadeia
8- Não ter que aprender alemão como segunda língua
9- Achar joelho de porco uma delícia
10-Poder ser um fumante inveterado sem ninguém notar que está pigarreando
DEZ MOTIVOS PARA SER AMERICANO
1- Adorar ‘música brasileira’, como merengue, salsa e rumba
2- Usar as roupas mais estranhas do mundo e ninguém ligar
3- Ser vagabundo e beberrão, e chegar à presidência do país.
4- Saber que a capital do Brasil é Buenos Aires
5- Saber jogar futebol americano para estudar de graça em Yale
6- Ser Texano, falar como caipira, se vestir como caipira, e se achar o xerife do mundo
7- Assistir novelas como qualquer brasileiro, mas chamá-las de soapopera
8- Entender as regras do Baseball e do Futebol Americano e se divertir com isso
9- Achar que qualquer passeiozinho rastaquera foi ‘terrific amazing, wonderful’ e sair dizendo que ficou ‘excited’ com isso.
10- Não ter que estudar no Yazigi, CCAA ou Fisk para navegar na Internet
DEZ MOTIVOS PARA SER FRANCÊS
1- Poder sentar na própria decadência e pensar que o Brasil não é um país sério
2- Experimentar a glória de ser campeão do mundo de futebol pela primeira vez em cima do Brasil
3- Conseguir ser mal-humorado, mesmo morando na cidade mais linda do mundo
4- Se houver guerra, render-se logo para ganhar tempo
5- Não precisar ler legendas nos filmes da Euro Channel
6- Testar bombas atômicas nos países dos outros
7- Ouvir a namorada dizendo ‘je t’aime, mon amour’
8- Não precisar tomar muitos banhos
9- Ser boiola sem ninguém notar (afinal, todos falam fazendo beicinho..)
10-Ter fama de irresistível – mesmo que seja só fama
DEZ MOTIVOS PARA SER FINLÂNDES
1- Linux
2- Nokia
3- Pingüins
4- Linus Torvalds (Criador do Linux)
5- Heiken Nokia (Criador da Nokia)
6- Tux (o pingüim símbolo do Linux)
7- Universidade de Helsinque (onde foi criado o Linux)
8- Universidade de Nokia (onde foi criado o Nokia)
9- Universidade de Turku (onde se estuda os pingüins)
10- 2 meses de verão, com a ‘incrível’ temperatura de 18 graus
DEZ MOTIVOS PARA SER INGLÊS
1- Duas guerras e uma copa do mundo
2- Cerveja quente
3- Confundir todo mundo com as regras do jogo de críquete
4- Aceitar elegantemente a derrota no esporte
5- Fazer a melhor batata cozida do mundo
6- Rir muito com as piadas chatas do Mr. Bean
7- Viver no passado e achar que ainda é uma potência mundial
8- Tomar banho todas as semanas – precise ou não
9- Ser gentil e tolerante com os povos ‘inferiores’ que os visitam
10-Saber que todos os insetos vêm da Escócia
DEZ MOTIVOS PARA SER ITALIANO
1- Conhecer profundamente os mais bizarros formatos de massas.
2- Ficar mexendo com todas as mulheres que passam na rua
3- Chamar o próprio carro de ‘la mia macchina’, mesmo que seja uma lata velha
4- Ser pacífico: as últimas glórias militares datam da Antigüidade
5- Saber falar com as mãos
6- Ferrari
7- Poder dizer ‘amore mio’ sem ter trabalhado na Globo
8- Lamborghini
9- Chamar futebol de ‘calcio’ e ainda assim ser tricampeão do mundo
10-Ter os melhores guarda-costas, bem ali na Sicília
DEZ MOTIVOS PARA SER ARGENTINO
1- Ser vizinho do Brasil
2- Ser resultado do cruzamento de índio com italiano, mas pensar que é inglês
3- Adorar tango e acreditar que Gardel era argentino.
4- Achar que o vinho de Mendoza é melhor que o Chileno
5- Ter em Maradona um Guru religioso com todos os defeitos dos homens de comportamento desviante
6- Acreditar que são os melhores no futebol (na verdade, acreditar que são bons em tudo!)
7- Ter uma política caudilhista, em pleno século XXI, e acreditar que vive em uma democracia moderna
8- Considerar-se o machão latino-americano e ter uma mulher (Evita Peron) como o maior ídolo político
9- Achar que vale o triplo do seu valor real
10-Ter o maior orgulho dos sapatos nacionais, mesmo que não consigam mais comprá-los
DEZ MOTIVOS PARA SER BRASILEIRO
1- O melhor futebol do mundo!
2- Praia!
3- Caipirinha, na praia!
4- Vatapá, feijoada, tutu de feijão, muqueca capixaba, baiana, escondidinho de charque, virado à paulista e churrasco
5- Mulheres de biquini, loiras, negras, morenas, ruivas, mulatas
6- Morar na América do Sul e não ter que falar espanhol
7- Ter a mesma nacionalidade que Deus
8- Ter prazer em ser oportunista e culpar o governo pela corrupção reinante
9- Ter a felicidade de não ter nascido na Argentina!!!
10- Aprender inglês sem saber o português
JARARACA: O VENENO DA ACULTURAÇÃO E O ANTÍDOTO DA ANCESTRALIDADE
Henrique Rodrigues de Miranda[1]
“A cultura é uma necessidade imprescindível de toda uma vida,
é uma dimensão constitutiva da existência humana,
como as mãos são um atributo do homem”.
José Ortega Gasset
RESUMO
Este artigo, elaborado como tarefa acadêmica, por pretender explicar uma comunidade rural amazônica tradicional frente à realidade da globalização que já se faz presente na região (com seus reflexos na divisão do trabalho, nos processos produtivos, na acumulação, no ambiente natural e na cultura tradicional), representou para o autor uma viagem no tempo de si mesmo. Por ter como referencial o texto de um intelectual indígena (Daniel Munduruku), um índio aculturado que conseguiu recriar-se como índio, a aplicação deste referencial na realidade de uma comunidade cabocla em luta contra as forças entrópicas externas, gera, inevitavelmente, uma viagem de cada um de nós, enquanto indivíduos e enquanto cidadãos, frente aos dilemas do desenvolvimento local. Isto é, vai muito além de um índio, de um caboclo, de um ser urbano ou de uma coletividade específica, alcançando a tragédia planetária da devastação ambiental, das profundas desigualdades sociais e da dominação cultural.
No seu conteúdo, o presente artigo foi construído a partir de uma crítica do contexto cultural tradicional face à cultura externa, descrito pelo autor (MUNDURUKU, 2000), seguida de uma análise comparativa da comunidade visitada (Jararaca, município de Bragança – PA) e de conclusões finais capazes de ajudar na compreensão do saber tradicional na construção do desenvolvimento local sustentável.
INTRODUÇÃO
A questão da participação popular na construção de alternativas sustentáveis de desenvolvimento local e/ou políticas públicas no mesmo sentido, agrava-se em territórios democraticamente mais frágeis e menos desenvolvidos, onde as desigualdades sociais aguçam a luta de classes, os espaços legais de participação política se estreitam e onde estratos sociais demograficamente representativos, limitados pela pobreza, pela desinformação e pela desesperança, sequer mobilizam-se para a organização política e/ou econômica, formal (ARATO 1994; MITSCHEIN, MIRANDA e PARAENSE, 1989; CAMPANHOLA e GRAZIANO, 2000; BAQUERO, 2003; MIRANDA, 2004; 2005; 2007). E mesmo quando, por alguma circunstância especial, esta participação é estimulada, ela se desenvolve sob a ótica cultural e ideológica da estrutura de poder dominante, objetivando muito mais os processos políticos de captura de governança (SANTOS, 1997) do que a obtenção da participação deliberativa e interativa das coletividades tradicionais (indígenas, quilombolas, caboclas e outras). E esta marginalização, com base nas variáveis já citadas, inicia-se pela desvalorização do saber tradicional. Embora tenha sido este tipo de saber, ao longo dos milênios, a origem de todo o saber formal das sociedades humanas, a ideologia do saber institucionalizado, construído como forma de manutenção das classes dominantes, cada vez mais o submete à mera condição de conhecimento primitivo a ser superado (e não, agregado) pela escolaridade. E embora este saber histórico continue a ser o ponto de partida de muitos avanços tecnológicos (os fitoterápicos são um bom exemplo disso), ele permanece afogado nos meandros da pirataria intelectual da ciência formal, dos laboratórios e das patentes oficiais. Felizmente, em função do fracasso dos modelos economicistas de desenvolvimento, da agudização das crises sociais e da crise ambiental planetária, algumas iniciativas direcionadas a novas formas de desenvolvimento estão em andamento, centradas na participação popular, nos paradigmas da sustentabilidade e valorizando o conhecimento tradicional das coletividades marginalmente inseridas na sociedade regional amazônica.
Na Amazônia paraense, a comunidade de Jararaca, localizada no município de Bragança, constitui-se em uma destas iniciativas. Abrigando cerca de quarenta famílias que sobrevivem precariamente com base no extrativismo e no cultivo de pequenos roçados tradicionais (em decadência por motivos fitossanitários e de queda da produtividade), complementam a subsistência com recursos externos de origem estatal (aposentadoria e bolsa-família), à semelhança de milhares de outras pequenas comunidades similares espalhadas no território amazônico brasileiro. Apesar disso, por razões históricas que serão expostas mais adiante, seus moradores apresentam comportamentos diferenciados em relação à gestão do destino coletivo e estão se relacionando de forma proativa e cidadã com as instituições estatais e civis atuantes na região. E este comportamento diferenciado, no atual cenário regional de transição política para formas de planejamento descentralizado, surge como afirmação da potencialidade popular de assumir a co-responsabilidade na construção do destino comum, contrapondo-se ao determinismo histórico da sua incapacidade pela estrutura de poder dominante. Mas, porque esta comunidade tem apresentado posturas diferenciadas? Que fatores culturais (e, por isso, históricos) escondem-se na sombra destas atitudes? Até que ponto esta postura constituída representa uma blindagem às influências do entorno dominante? Como está ocorrendo a negociação implícita entre as demandas internas e externas? São questões que se procurará responder ao longo deste artigo, tendo como base a dimensão cultural local e o referencial teórico-antropológico do autor escolhido como referencial. Continue lendo
Xuxa, a cadelinha: de heroína a pseudo-salvadora.
Viram o noticiário hoje? Pois é, ontem analisei o comportamento relatado da cachorrinha, salvando um recém-nascido em um terreno baldio à noite. Hoje, a verdade: uma moradora da rua, sabe-se lá porque motivos, escondeu sua gravidez e deu à luz sozinha, abandonando a criança no citado terreno. Para viabilizar o atendimento ao bebê, inventou a história da cadelinha salvadora. Arrependida e querendo o filho de volta, jogou por terra o heroísmo da Xuxa, em depoimento à polícia. Assim, mais uma vez se confirma a nossa irracionalidade, tão negada no discurso e tão presente no nosso cotidiano social. Coitada da Xuxa, de heroína a bode expiatório, em menos de 24 horas…Ainda bem que a mentira serviu para que ela, ao menos, ganhasse um almoço decente ontem. Hoje, sabe Deus…Com ela aconteceu exatamente o inverso da Xuxa televisiva, que de pseudo-artista virou heroína alienadora de criancinhas.
Sobre Xuxa, a cadela…
humberto castro
betimcastro@hotmail.com | 189.72.221.195
Faço das minhas as suas palavras..o chamado ser humano não foi, não é, e jamais será merecedor do amor desses animais que, ao contrário desse ser chamado humano..e dócil, amável, leal, companheiro…o ser humano é mesquinho, egoísta, invejoso…e maltrador de animais..por isso digo e repito, quanto mais conheço o ser humano mais amo os animais…
De Xuxa, a cadela: nome inadequado para uma heroína “irracional”, 2008/07/24 at 7:31 PM
Prezado Hunberto, é bom saber que outras pessoas têm senso crítico e coragem para assumir as nossas profundas debilidades morais enquanto espécie. Essa consciência é que pode nos levar a evoluir e chegar a ser, quem sabe um dia, aquilo que nós ACHAMOS que somos. Como escreveu Artur Schopenhauer: “A compaixão pelos animais está intimamente ligada a bondade de caráter, e quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem”. Um abraço canino.
Energia: quando criaremos juízo?
Recomeçou a querela sobre a questão energética brasileira, com a autorização para a construção de mais uma usina atômica em Angra dos Reis. E em momentos como estes, tenho vontade de rir (pra não chorar!) dos radicalismos (utópicos e/ou mal intencionados) que cercam a questão da produção de energia no Brasil. Vejamos. Todo mundo quer energia constante, suficiente a a baixo preço, e disso ninguém abre mão. Mas, se fala-se sobre energia nuclear, urra-se contra o perigo atômico. Se pensa-se sobre energia termo-elétrica, berra-se contra o aquecimento global. Se imagina-se a energia eólica ou solar, grita-se sobre o alto preço da tecnologia e a impossibilidade atual da mesma abastecer suficientemente a demanda. Se aborda-se ainda a bio-energia, levanta-se a questão dos alimentos e a questão do desmatamento. E e se propõe-se a energia hidrelétrica, então, descortina-se o inferno dos alagamentos.
Perguntinha: de onde tiraremos a energia que tanto queremos e da qual não abrimos mão?
E o pior, a maioria das colocações são feitas em cima de informações incompletas ou falsas.. Fala-se nos danos de Três Marias e Sobradinho, mas ninguém fala do desmatamento histórico e irresponsável da vegetação ciliar para alimentar as caldeiras dos navios gaiolas e outros fins, principal agente devastador do rio. Berra-se contra os alagamentos nos rios de planície na Amazônia, ignorando-se que ela não é uma planície e os rios usados nas hidrelétricas são rios encachoeirdos e de corredeiras, em topografia acidentada. Urra-se contra os biocombustíveis, ignorando que a América Latina produz 30% mais alimentos do que precisa e que os preços proibitivos dos mesmos é muito mais em função do petróleo e da especulação do que do uso da terra. Quer dizer: vemos no dia à dia, uma luta irresponsável entre predadores oportunistas e ambientalistas xiítas, ao largo da inércia política de consumidores compulsivos, que em nada contribui para a solução da problemática energética. E todos estes atores, com certeza, serão os primeiros a chiarem quando faltar energia para a produção, para iluminar os shopings e botecos e, principalmente para conectarem seus computadores à NET e carregarem as baterias dos seus celulares.
Perguntinha final: quando criaremos juízo?