Livre pensar é só pensar!

Para não desligar os neurônios

Averiguar sim, pré-julgar corporativamente, não!

Prezados Leitores,

Recebi da nossa leitora Márcia um comentário sobre a postagem do bicarbonato. Para ser honesto na conduta dos nossos temas, repasso abaixo o seu comentário e uma outra fonte para pesquisa, indicada por ela.

Leiam o comentário da Márcia:

Cuidado!!!!
Esse médico italiano teve seu registro caçado e pelo que foi verificado ele não realizou pesquisas detalhadas sobre o assunto (ex:testes em ratos e camundongos) e ainda há a acusação de que uma pessoa tratada por esse médico morreu por causa desse tratamento.
leitura recomendada: http://lablogatorios.com.br/rnam/2008/11/bicarbonato-nao-cura-o-cancer/

Leiam a minha resposta:

Henrique Miranda
https://livrepensar.wordpress.com/ | henriquermiranda@yahoo.com.br | 189.82.137.219

Prezada Márcia,
Acho que está explicado na postagem os cuidados a respeito da notícia. Assim, cabe a cada leitor averiguar. Inclusive, coloquei o link dos sites que tratam do assunto.
Quanto a esta história de pesquisas detalhadas, tenho questionamentos sobre qualquer conhecimento que tenha que passar necessariamente sobre o crivo interminável do academicismo, para ser verdade. Se assim fosse, a medicina humana não teria se iniciado com os pajés e curandeiros e os pesquisadores de hoje não estariam praticando biopirataria com os conhecimentos tradicionais sobre os fitoterápicos, certo? Esse academicismo exagerado, em qualquer categoria, sempre me cheira (ou melhor, fede) a corporativismo exacerbado. Abraço fraterno.
Henrique

Nota: li a matéria do site indicado pela Márcia e não mudei de opinião. Na história humana, inúmeros pesquisadores foram execrados e banidos, sendo posteriormente reconhecidos: Darwin, Galileu e muitos outros. E por trás, sempre havia corporações defendendo seus próprios interesses.

Mas o julgamento do presente caso é com cada um de vocês.

quarta-feira, 3 dezembro, 2008 - Posted by | Comentário, Trocando Idéias |

2 Comentários »

  1. Caro Henrique,
    Obrigado por linkar meu blog.
    Mas sinceramente não vejo porque acha que estou pré-julgando corporativamente. O ceticismo nestes casos é a melhor maneira para não cometer erros graves.
    Os procedimentos para aprovação por que passa um medicamento são penosos e dispendiosos para as empresas farmaceuticas. Digo milhões. Não há vantajem financeira nesse cuidado todo para elas, mas as industrias têm que se submeter aos procedimentos de segurança.

    Pouco estão se importando em boicotar um tratamento como este do bicarbonato. Ninguém está boicotando ou se fazendo de surdo. Existe mesmo, ou muito provavelmente, uma falácia nesta história. Na dúvida, duvide!
    Se for verdade a coisa aparece, como no caso de galileu e darwin (que acho um exagero anacrônico comparar o fazer ciência daquelas épocas e o de agora).

    E recomendo a leitura dos comentários da minha postagem http://lablogatorios.com.br/rnam/2008/11/bicarbonato-nao-cura-o-cancer/

    Abraços

    Comentário por Rafael |RNAm| | quinta-feira, 4 dezembro, 2008

  2. Prezado Rafael,
    Inicialmente, quero esclarecer que o título da minha postagem nada tem a ver com matéria do seu blogue: é anterior a ela e uma visão pessoal que tenho permanentemente quanto às questões da validação científica (por ser pesquisador, convivo no meio e sei dos inúmeros e divergentes interesses que se escondem nos rituais acadêmicos e científicos).
    Posto isso, complemento: a sua postura jornalística (digamos assim) é tão válida quanto a minha, só que você assume o pressuposto da dúvida permanente e com base nos rituais científicos. Eu, embora pesquisador acadêmico, assumo a dúvida relativa com base na relação dialógica e dialética existente entre saber formal e saber tradicional, inclusive ampliando essa responsabilidade de investigação para todos aqueles que vivenciam experiências e/ou informações.
    b)Quanto ao anacronismo citado, a ciência, como qualquer outra coisa na sociedade humana é sempre conjuntural e a ciência de hoje, antes de ser o SABER, é a medida do que ainda não sabemos. Um exemplo bem conhecido é a medicina alopática, que superestimou os antibióticos e descobriu depois os seus imensos efeitos colaterais; que condenou os fitoterápicos e hoje vive em busca dos princípios ativos das plantas antes desprezadas; que tem atrelado vergonhosamente as pesqusias e práticas médicas aos grandes laboratórios, em função dos benefícios pessoais da categoria.
    Apesar disso tudo, respeito a sua posição e mantenho a minha, como todos os nossos leitores (meus e seus) devem ter as suas respectivas visões.
    Um abraço fraterno

    Comentário por Henrique Miranda | quinta-feira, 4 dezembro, 2008


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